quarta-feira, 29 de junho de 2011

Para escolher é preciso conhecer: A importância do culto à Virgem Maria


       
      O culto a Virgem Maria é uma das práticas mais belas da nossa Santa Igreja, consiste, pois num reconhecimento da dignidade da Virgem Santíssima por toda a comunidade dos fiéis católicos. Nesse sentido, a Igreja é segura ao afirmar que a Virgem Santa foi remida de modo mais sublime em atenção aos méritos de Seu filho, e unida a Ele por vínculo estreito e indissolúvel, foi enriquecida com a sublime prerrogativa e dignidade de ser a Mãe de Deus Filho, e, portanto, filha predileta do Pai e Sacrário do Espírito Santo. Com este dom de graça sem igual, ultrapassa de longe todas as outras criaturas celestes e terrestres (LUMEN GENTIUM, 2010).
        Mediante os privilégios com os quais a Santíssima Trindade favoreceu a Virgem Maria é que a Santa Igreja reconhece a importância da piedade filial, autenticando assim, as honras e louvores dados a Ela por seus membros, percebamos:

[...] Por esta razão é também saudada como membro supereminente e absolutamente singular da Igreja, e também como seu protótipo e modelo acabado, na fé e na caridade; e a Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, honra-a como mãe amantíssima, dedicando-lhe afeto de piedade filial (LUMEN GENTIUM, 2010, p. 118).

          Os louvores e honras fazem parte, portanto, do culto que Lhe devotamos. Esse, por sua vez, é diferenciado do culto dado aos outros santos, tendo em vista que “Maria foi exaltada pela graça de Deus acima de todos os anjos e de todos os homens, logo abaixo de Seu Filho, por ser a Mãe Santíssima de Deus” (LUMEN GENTIUM, p. 131).   
        O culto dado a Nossa Senhora possui raízes históricas, mas, antes disso, faz parte de Sua própria profecia proclamada no Magnificat: “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque fez em mim grandes coisas aquele que é poderoso” (cf. Lc 1, 48). No entanto, é preciso saber distinguir o culto dado a Mãe do Senhor, do culto dado ao próprio Deus, e quanto a isso a Igreja tem extrema clareza, afirmando que sendo o culto a Nossa Senhora, de todo singular, difere do culto de adoração que é prestado ao Verbo encarnado e do mesmo modo ao Pai e ao Espírito Santo (LUMEN GENTIUM, 2010).
        Ter conhecimento sobre o que a Igreja ensina a respeito da forma como devemos honrar a Mãe de Deus, e nossa, é de suma importância para aqueles que a Ela se consagram ou desejam se consagrar. Além disso, é preciso saber o sentido que norteia os louvores dados a tão Amável Mãe, e com isso ter a prudência de nem elevá-la acima de Deus, sabendo que não é essa a vontade d’Ela que é profundamente humilde, e nem rebaixá-la demais, a ponto de obscurecer a Sua dignidade e ainda, ignorar os Seus privilégios não publicando os Seus louvores, impedindo assim, que outros A conheçam e amem.   
        Devemos ter consciência de que esse reconhecimento demonstrado por meio de um culto todo especial a Virgem Maria é a maior expressão da piedade filial que devemos ter por nossa Mãe Santíssima. Logo, é a partir desse amor filial que brota de nosso coração uma verdadeira e sólida devoção, fruto da convicção que temos da Sua sublime missão de ser a Mãe de Cristo, Mãe da Igreja e, portanto, Nossa Mãe.
       Nos próximos artigos, aprenderemos à luz dos ensinamentos de São Luís Maria G. de Montfort, como distinguir a verdadeira devoção das falsas devoções, buscando crescer cada vez mais no conhecimento da Consagração à Virgem Maria. 

Para saber mais detalhes sobre o culto à Nossa Senhora, leia também: 

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Referências

CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II. Lumen Gentium: constituição dogmática sobre a Igreja. 21ª ed.  São Paulo: Paulinas, 2010.
MONTFORT, São Luís Maria Grignion de Montfort. Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem. Anápolis: Serviço de Animação Eucarística Mariana, 2002






Maria Cristina é membro aliança nível 2, casada e mora no Condomínio Mãe de Deus.