quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A necessidade da Virgem Maria para a nossa salvação e perfeição


       Acreditar que Maria Santíssima nos é necessária para nossa salvação e perfeição é uma conseqüência da fé que temos no Mistério da Encarnação. Reflitamos um pouco sobre o que o Espírito Santo nos fala por meio do Evangelista:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito. [...] E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade” (Cf. Jo 1, 1-3:14).  

         Somente no Seio de Maria Ss. o Verbo se fez carne. Criatura alguma mereceu conceber o próprio Deus senão Ela, e apenas por meio d’ Ela é que o Verbo habitou entre nós e pudemos ver a Sua glória. No Tratado da Verdadeira Devoção, São Luís Maria G. de Montfort nos mostra claramente que todos nós temos necessidade da Verdadeira Devoção a Maria Ss., porque o próprio Deus quis necessitar d’Ela para vir até nós!
         De acordo com esse santo apóstolo da Virgem Maria: “Deus Pai não deu ao mundo o Seu Unigênito senão por Maria. [...] Só Ela encontrou graça diante de Deus pela força das Suas orações e pela grandeza das Suas virtudes” (TVD, art. 16).  Assim, o Deus feito homem encontrou a Sua liberdade em se ver aprisionado e dependente no seio d’Ela; Glorificou a Sua independência e majestade dependendo desta amável Virgem na Sua concepção, nascimento, apresentação no templo, na Sua vida oculta de trinta anos e, até, na Sua morte (TVD, art. 18).
         É de se analisar ainda a conduta de Deus Espírito Santo, que tornou-se fecundo por Maria, a quem desposou. Foi com Ela e n’Ela e d’Ela que formou a Sua obra-prima: um Deus feito homem, e que forma todos os dias, até o fim dos séculos, os predestinados e os membros do corpo que tem por cabeça o adorável Jesus (TVD, art. 20).  
           Em Maria Santíssima, contemplamos, portanto, o procedimento que as três Pessoas da Santíssima Trindade tiveram na Encarnação, de uma maneira visível, como assinala Montfort (TVD, art. 22). Entretanto, precisamos crer junto a esse admirável santo, que esse procedimento se estende ainda todos os dias de uma forma invisível, na Santa Igreja, e tê-lo-ão até a consumação dos séculos, na última vinda de Jesus Cristo.
            Por fim, podemos nos perguntar: “Se o próprio Deus, este grande Senhor independente e bastando-se a si mesmo (TVD, art. 14), quis ter necessidade da Santíssima Virgem, quem somos nós para negligenciarmos a assistência materna dessa Boa Mãe?
           Com certeza, se o próprio Cristo que é Deus precisou de uma Mãe, quanto mais nós pobres criaturas, necessitamos da Virgem Mãe do Puro Amor para nos gerar, nutrir, proteger, ensinar, cuidar e, sobretudo formar Jesus Cristo em nós. Quem melhor do que Ela para nos conduzir a união perfeita com Cristo, fim último de toda devoção?
           Por isso, se desejamos alcançar a Salvação que o Senhor já conquistou a custo de Seu próprio Sangue derramado na Cruz, devemos recorrer a Mãe do Salvador, a Árvore da Vida, cujo Fruto Bendito é Jesus! Se almejarmos ainda, alcançar a perfeição em Deus, que tem como mérito a santidade, devemos recorrer a Mãe de Misericórdia, pois somente a Ela Deus confiou as chaves dos celeiros do Divino Amor (cf. Ct 1,3) e o poder de entrar nos caminhos mais sublimes e mais secretos da perfeição, bem como de neles fazer entrar os outros (TVD, art. 45).

CONSAGRA-TE!

Referências:

MONTFORT, São Luís Maria Grignion de Montfort. Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem. Anápolis: Serviço de Animação Eucarística Mariana, 2002.





Maria Cristina é membro aliança nível 2, casada e mora no Condomínio Mãe de Deus.

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