terça-feira, 26 de julho de 2011

Maria Santíssima, a Virgem da escuta

            O conhecimento sobre Maria Santíssima serve para conhecer melhor a Jesus. Quanto mais se conhece Nossa Senhora, melhor se compreende e se ama a Jesus.

São Luis Maria Grignion de Montfort
Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem:
            13. Foi meu coração que ditou o que acabo de escrever com particular alegria, a fim de mostrar como Maria santíssima tem sido insuficientemente conhecida até agora, e como é esta uma das razões que Jesus Cristo não é conhecido como o que deve ser.
            10. Como diz os santos "De Maria Numquam Satis" Maria não foi ainda suficientemente louvada e exaltada, honrada, amada e servida. Merece ainda muito maior louvor, respeito, amor e serviço.
            As informações a respeito de Nossa Senhora encontram-se no evangelho, um livro sagrado inspirado por Deus. Verdadeiro documento da igreja “magistério" e tradição.

São Luis Maria Grignion de Montfort
Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem:
1. “Foi pela Santíssima Virgem que Jesus Cristo veio ao mundo, e também por ela que deve reinar no mundo”.
2. “Durante a vida ela permaneceu muito oculta. Sua humildade foi tão profunda para que só Deus a conhecesse”.
49. “Na primeira vinda de Jesus Cristo, Maria quase não apareceu afim que os homens ainda pouco instruídos e esclarecidos sobre seu filho não se afastassem da verdade apegando-se muito intensa e grosseiramente a ela”. Na segunda vinda de Jesus, Maria tem que ser conhecida e por isso manifestada pelo Espírito Santo, por ela fará conhecer amar e servir Jesus Cristo. Não existem razões hoje para oculta-la com medo de conflitos doutrinários. Deus preparou a Virgem Maria para esta missão, enriquecendo-a com suas graças, dogmas. Segundo os Santos Padres, ela acompanhou Jesus na vida publica em muitas viagens apostólicas, com as Santas mulheres ela esteve junto não somente moralmente ou fisicamente e sim colocando em prática seus ensinamentos, pensando e unindo-se a ele em espírito, sendo conduzida com seu próprio Espírito Santo, só ele a governava e tomou-o para si. Ela nos ensina a ouvir a palavra de Deus, acima de tudo colocando em pratica. A alma da Virgem Maria pode ser comparada a um terreno fértil onde o semeador jogou sementes que crescem 30, 60, 100 por um.

            Durante os anos escutou com atenção e guardou carinhosamente no seu coração imaculado cada palavra da sabedoria divina, nela brota frutos da graça, mãe da fonte da graça.
Não devemos ser falsos devotos, que não agradam a Deus nem a Santíssima Virgem. * que não escutam

São Luis Maria Grignion de Montfort
Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem:
92. Críticos, presunçosos, interesseiros, escrúpulos, inconstantes, exteriores, hipócritas. 
                        
Devemos viver a verdadeira devoção imitando suas virtudes: Marianização da alma, ser outra Maria!
São Luis Maria Grignion de Montfort
Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem:
108. Profunda humildade, fé viva, obediência cega, contínua oração, mortificação universal, pureza divina, ardente caridade, paciência heróica, doçura angélica e sabedoria divina.                                                                                                                   

Nossa devoção deve ser portanto afetiva e efetiva !

São Luis Maria Grignion de Montfort
Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem:
            40-43. “Segundo opinião dos padres da igreja, santo Agostinho, São Cirilo, São Germano, São Bernardo, São Bernardino, São Boa Ventura, São Tomas, provaram de maneira incontestável que a devoção Santíssima Virgem e necessária para salvação, fé muito mais necessária para os que são chamados a perfeição. Não creio que alguém possa atingir uma intima união com Deus, sem uma união muito grande com a Santíssima Virgem e sem grande dependência”.

Deveos saber ouvir e obedecer:
Lc 1,30: “O anjo disse-lhe: não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus, eis que conceberás e darás a luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus...”
Isabel, tua parenta, até ela concebeu na velhice, e já está no sexto mês - ela escuta e responde
Lc 1,38: “Eis aqui a serva do senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra..., levantou-se, e foi às pressas ao encontro de Isabel”.
Lc 1,42: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre, donde me vem à honra de vir a mim a mãe do meu senhor?”
Lc 1,46: “E Maria disse: "Minha alma glorifica ao senhor, meu Espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhar para sua pobre serva, por isso, desde agora me proclamarão Bem Aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo, sua misericórdia se estende de geração em geração, sobre os que o temer. Manifestou o poder do seu braço, desconcertou o coração dos soberbos, derrubou do trono os poderosos exaltou os humildes independentemente da cor, credo, cultura, sexo ou idade, saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos, acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, conforme prometeram nossos pais, em favor de Abrão e sua posteridade, para sempre”.
            Discute pelo menos quatro grandes temas: relacionamento de Maria com Deus, síntese do antigo testamento com mais quinze citações, visão criticadas relações sociais, seu entendimento sobre os fenômenos psíquicos.
            A inteligência dela era incomum, não era só dócil e serena, revela uma genialidade, um poema complexo de improviso, era apenas uma adolescente, e, Jesus crescia em estatura e graça em sabedoria, sem privilégios sociais, mas com privilégios intelectuais.
Jesus era um homem de sociabilidade espantosa, era amigável de fácil contato, transitava em todos os ambientes. Ela aprendeu e discutiu com ele a interpretação da torá.
            Mesmo tendo nascido pobre, numa manjedoura quase assassinado na infância, fugitivo em terra estranha, trabalho pesado na vida adulta, não demonstrou rigidez ou inflexibilidade, complexos, será que puxou a sua mamãe!
Lc 2,48: “Maria diz: meu filho, que nós fizeste? Eis que teu pai e eu andávamos a tua procura cheios de aflição”; “Porque me procuráveis, não sabeis que devo ocupar-me das coisas do meu pai?”.
Lc 2,51: “Jesus desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso, sua mãe guardava estas coisas no seu coração”.
Jo 2,3: “A mãe de Jesus disse: "Eles não tem vinho!" (R) Jesus disse: mulher isso compete a nós? minha hora não chegou. ela escutou!?” Maria disse: “fazei o que eles vos disser”; Ela ouviu do povo: “Jesus está louco! como uma boa mãe!”.
Mc 3,22: “Saíram para refletir, diziam: ele esta fora de si, está possuído por Beelzebul, é pelo príncipe dos demônios que ele expulsa os demônios”.
Mc 3,32: “Tua mãe e teus irmãos estão ai fora e te procuram, ele respondeu-lhes: "Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos? Aquele que faz a vontade de Deus, este é meu irmão, minha irmã é minha mãe”.
            Estas palavras não eram de reprovação, e sim cheias de graça e elogio. Ela cumpriu e continua a cumprir o que ouvia. Ela foi mãe não só fisicamente, mas Espiritualmente. A grandiosidade de Maria não era a maternidade física, e sim Espiritual que consiste na doce e humilde atenção as palavras de Deus na sua vida quotidiana e atual. A superioridade dos valores sobrenaturais frente aos naturais. Nesta família estão todos que põem a palavra em prática.
Jo 25,26: “Jesus disse: "mulher, eis ai teu filho", depois disse ao discípulo " eis ai a tua mãe", e dessa hora em diante o discípulo a levou para casa... (R) e ela foi, para casa de cada um de nós! você a recebeu para morar na sua casa, como você convive com esta visitante que veio para morar, arrume a sua casa”.
"Virgem da escuta e da dor":
Lc 2,35: “Também em ti uma espada de dor transpassará a sua alma”.
Ela ouviu, não fugiu, a dor sempre acompanhou toda a sua vida:
Pobreza do seu nascimento de Jesus, a circuncisão, na apresentação no templo, a fuga para o Egito, na perda em Jerusalém, nos perigos da vida apostólica, aos pés da cruz, sobretudo vendo seu filho mutilado, flagelado, coroado de espinhos, a dor da ingratidão humana frente ao infinito amor de Deus foi a sua maior dor, o abandono, a traição, até mesmo da parte dos mais fiéis, aumentaram no coração de Maria a intensidade desta dor, muitos não traem a esposa/esposo, mas traem Jesus todos os dias.
Dores de Nossa Senhora:
1- Profecia de Simeão
2- Fuga para o Egito
3- Perda no templo
4- Encontro no Calvário
5- Morte, aos pés da cruz
6- A lança no peito, descida da cruz
7- Sepultura

Referências:

MONTFORT, São Luís Maria Grignion de. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria. Anápolis: Serviço de Animação Eucarística Mariana, 2002.
CURY, Augusto. Maria, a maior educadora da história: os dez princípios que Maria utilizou para educar o Menino Jesus: uma visão da psicologia, psiquiatria e pedagogia sobre a mulher mais famosa e desconhecida da história / Augusto Cury. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2007.
CARVALHO, César Augusto Saraiva de; CARVALHO, Mara Lúcia Figueiredo Vieira de. CONSAGRA-TE! Espiritualidade Mariana na Vida dos Santos. Natal: Mater Dei Gráfica e Editora, 2010.
PELLETTIERI, Pe. Gabriel Maria. Quem é Maria?. Goiás: Frades Franciscanos da Imaculada, 1977.

Para citar esse artigo:
César Mariano - "Maria Santíssima, a Virgem da escuta"
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus
http://consagracaomontfortina.blogspot.com/2011/07/maria-santissima-virgem-da-escuta.html
Online, 26/07/2011



César Mariano

Fundador da Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus,  Coordenador Geral, Médico, Casado, 02 filhas.

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